No decorrer do projecto, os agricultores de Capezulo aperceberam-se do trabalho que a CESAL tem feito nos campos dos produtores, ao nível do distrito de Matutuíne. Neste contexto, em 2019 o grupo resolveu inscrever-se e fazer parte da União das Associações Agrárias de Matutuíne (UAAMAT), de modo a obter experiência e conhecimentos de como trabalhar em associativismo.
O grupo estava desactivado, há mais de 10 anos, mas sob a assessoria da CESAL, recentemente realizaram a primeira Assembleia Geral para a eleição dos Órgãos Sociais como forma de criar uma associação de agricultores denominada Associação Capezulo.
Neste momento, 43 agricultores dos quais (2 homens, e 41 Mulheres) da associação de Capezulo trabalham numa área de 1.5 hectares, num campo demonstrativo, implementando técnicas de produção ambientalmente sustentáveis que são transmitidas pela CESAL, onde produzem hortícolas, nomeadamente: couve, alface, cenoura, beterraba, cebola, tomate, pepino, milho e repolho entre outros produtos importantes para a dieta alimentar.
A CESAL tem vindo a apoiar a Associação Capezulo em várias vertentes desde a produção, aquisição de insumos, instalação de poços para irrigação e assistência técnica, actividades estas que cativam os camponeses para um maior envolvimento nos trabalhos. Os beneficiários do projecto mostram-se satisfeitos com as técnicas aprendidas e fazem as réplicas nos seus campos individuais.
A CESAL promove a prática de sistemas agroflorestais nos campos, um método desconhecido pela comunidade que acreditava que quem plantasse árvores na machamba perderia a vida após aquelas darem frutos. No entanto, com a sensibilização feita pela CESAL, os produtores têm vindo a alterar a sua percepção e hoje plantam árvores para proteger os campos dos impactos das mudanças climáticas e para melhorar a qualidade da alimentação, pois as frutas são uma importante fonte de vitaminas.